sexta-feira, 15 de julho de 2011

Jardim Éden, muitos lhe chamam o Jardim da Paz!

Buddha Eden Garden

Queridos seguidores do meu blog, hoje trago até vós, aquele a que muitos chamam de o Jardim da Paz, o Jardim Éden, localizado no coração de Portugal, na Zona Oeste, concelho de Bombarral e freguesia do Carvalhal.

"O Buddha Eden Garden é um espaço com cerca de 35 hectares, idealizado e concebido pelo Comendador José Berardo, em resposta à destruição dos Budas Gigantes de Bamyan, naquele que foi, um dos maiores actos de barbárie cultural, apagando da memória obras primas, do período tardio da Arte de Gandhara.

Em 2001, profundamente chocado com a atitude do Governo Talibã, que destruiu, intencionalmente, monumentos únicos do Património da Humanidade, o Comendador Berardo deu início, a mais um, dos seus sonhos, a construção deste extenso jardim oriental. Prestando, de certo modo, homenagem aos colossais Budas esculpidos na rocha do vale de Bamyan, no centro do Afeganistão, e que durante séculos foram referências culturais e espirituais.



Esta é uma instituição cultural sem fins lucrativos e ao serviço da comunidade nacional e internacional, que tem como missão sensibilizar o visitante para o conhecimento interior, através do seu jardim em diálogo com um vasto património escultórico, vocacionado para a meditação e promoção da interacção social e cultural, conforme os princípios da solidariedade e da dignidade humana. "

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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Roliça, concelho de Bombarral.

Após um longo período de ausência, regresso, desta com a história da freguesia da Roliça.

A Roliça é uma freguesia com 23,20 km² de área e 2744 habitantes. Densidade: 118,3 hab/km². Aqui se travou a batalha da Roliça em 1808, entre as tropas francesa e as forças anglo-lusas. A freguesia da Roliça é a mais antiga do concelho do Bombarral, tendo mais de 500 anos. Recuando ao tempo da dominação romana, constata-se que a agricultura era chave económica da região. A proximidade do mar e a abundância de água no solo foram vectores de desenvolvimento. Na gastronomia são famosos nesta freguesia o borrego e o bolo da noiva.


Um pouco de história ...

Portugal foi invadido pelo exército francês, comandado pelo general Junot (n.1771-m.1813), em 1807. O exército francês fazia-se acompanhar de três divisões espanholas: uma deveria ocupar o futuro reino da "Lusitânia setentrional"; uma outra o "principado do Algarve"; a terceira deveria prestar apoio à ocupação militar de Trás-dos-Montes.

No entanto, a revolução em Espanha contra os invasores franceses deixaria o general Junot sozinho com o seu exército. Dado que as comunicações terrestres se encontravam cortadas com França, Junot foi obrigado a espalhar as suas tropas com o fim de impedir a propagação da revolução espanhola para Portugal, bem como evitar um provável desembarque inglês na costa portuguesa.

Uma das maiores preocupações de Junot era conservar e proteger Lisboa de um iminente ataque e posterior invasão inglesa. Para que tal facto não sucedesse, guarneceu a Praça de Peniche com tropas francesas. Por isso, quando se deu o desembarque de Wellesley, o general francês dispunha apenas da coluna de Loison, no Alentejo, para entrar imediatamente em campanha.

O desembarque inglês - 13 500 homens, em Lavos, na margem sul do estuário do Mondego - teve início no primeiro dia de agosto de 1808 e prolongou-se até ao dia 8 do mesmo mês por razões atmosféricas. Durante o período de desembarque, o general inglês manteve várias conferências com as tropas portuguesas, sem contudo chegar a qualquer tipo de acordo. No dia 10 de agosto as tropas inglesas chegaram a Leiria, juntamente com o exército português. O general Bernardim Freire de Andrade, comandante das tropas portuguesas, opôs-se entretanto à continuação da marcha pelo litoral, pois temia um encontro com as tropas francesas que se encontravam em Rio Maior (Tomar). O corpo principal do exército inglês deslocou-se para Santarém e Junot, informado desta situação, ordenou a Loison que abandonasse o Alentejo e marchasse rapidamente para Abrantes.

Em Leiria, o general francês optou então por reunir todas as suas tropas disponíveis para a refrega e ordenou que um pequeno destacamento, que se encontrava debaixo das ordens de Delaborde, saísse rapidamente de Lisboa. Partiu este de Lisboa no dia 6 de agosto e os franceses tiveram o primeiro contacto com o inimigo logo no dia 13 desse mês. O exército francês, não dispondo de forças, recuou até à Roliça onde ocupou uma linha situada em altitude.

O exército de Wellesley, quatro vezes maior do que o francês, avançou sobre a Roliça, apoiado por uma força ligeira portuguesa. O ataque começou bastante cedo, pela coluna central, obrigando o exército francês a retirar-se sucessivamente para novas posições. Os ingleses apenas usaram cinco batalhões e meio dos quinze batalhões ingleses existentes e quatro portugueses. Os franceses foram claramente derrotados neste recontro da Roliça.

 [Vide: Batalha de Roliça. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-04-28] Disponível na www: ].