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Já a chegar ao seu termo, encontramo-nos ainda, em pleno mês de Agosto.
Eleito para muitos para se poderem deleitar das suas férias e descanso pleno, esquecendo o seu ritmo e o seu dia-a-dia,é na sua essência um mês intenso de Verão onde se acorre a praias, actividades ao ar livre, onde as noites são mais quentes e também convidativas a deslocarmo-nos às esplanadas e afins. À também lugar a inúmeras festas tradiconais, em que as aldeias festejam as festividades em honra dos seus santos padroeiros, e ainda, o mês dedicado aos Emigrantes. Recentemente tivemos o mais recente feriado, a 15 de Agosto. Isto tudo para quê? Para vos falar, de uma actividade particularmente exercida, por uma boa parte das populações localizadas na zona Oeste de Portugal Continental.
Falo-vos da Colheita da famosa Pêra Rocha, uma colheita que geralmente se inicia a 16 de agosto, imediatamente a seguir ao feriado e que poderá durar até cerca de 4 a 5 semanas depois, dependendo da produção agrícola de cada agricultor. Trata-se de um trabalho sazonal, na qual os agricultores mais importantes e de maior relevo (maior produção), contratam pessoas durante espe período para a apanha da pêra. Por esta altura, acorrem a estas zonas imensos jovens estudantes e mesmo pessoas de outras cidades e vilas, afim de ganharem algum dinheiro.
A Pêra Rocha
Varia de Pyrus communis L. apelidada de Pêra Rocha tem a sua origem, segundo Matta, numa árvore obtida por semente ocasional, há cerca de 157 anos, na "fazenda do Rocha", na localidade de Sintra. A sua polpa é branca, muito macia, granulosa, doce e não é ácida, apresentando-se muito sucosa e de um perfume ligeiramente acentuado. A sua espansão deveu-se a garfos da mãe que se espalhou por todo o lado, hoje produzida em grandes quantidades.
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A Pereira Rocha do Oeste ocupa preferencialmente os terresnos de várzea ou aluviões e também os próximos de linhas de água, onde há um equilibrio entre os teores de argila e a areia fina de ph, considerados entre 6 e 7.5.
Algumas meias-encostas , expostas a sul, com solos profundos e de boa fertilidade são também interessantes para o cultivo da Pêra Rocha.
Contudo, a actividade exige bastante e para que se obtenha o resultado esperado já o dia o Sr Agostinho Santos de 54 anos, um agricultor do Oeste, "Se algum lucro tiramos é devido ao excesso de horas de trabalho. Nenhum agricultor consegue sobreviver a cumprir oito horas como uma pessoa normal" acrescenta dizendo "... Chego a deitar-me à meia-noite e levantar-me às quatro da manha". Diz ser proprietário de 18 hectares de pomar, sendo que em 2009 produziu 223 toneladas de Pêra Rocha que resultou num encixe financeiro de 75 mil euros. Contudo fala também nas imensas dificuldades sentidas, sendo que em 31 anos de actividade por conta própria já investiu cerca de 300 mil euros, e "Tive de recorrer a crédito" admite ainda que "um dos grandes problemas é o investimento em máquinas e alfaias agrícolas". (informações de uma entrevista ao Jornal das Caldas).